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Ataques de pânico: o que fazer durante uma crise de ansiedade?

Postado em 26/09/2019



Os ataques de pânico são mais frequentes em pessoas portadoras de transtornos de ansiedade, como a síndrome do pânico e o transtorno de ansiedade generalizada, pois o pânico pode ser compreendido como uma elevação da ansiedade a limites extremos. Se fizermos uma pequena reflexão, a ansiedade também está relacionada com a antecipação de eventos que irão acontecer, principalmente com a possibilidade de "resultados ruins acontecerem" com o medo das coisas darem errado. Há então uma íntima relação entre ansiedade e pânico.

 

A frequência dos ataques de pânico irá depender de inúmeras variáveis, que didaticamente podemos reduzir a situações de ameaça: ameaças externas à integridade do indivíduo e ameaças internas (orgânicas, não raro desconhecidas ou não percebidas pelo paciente).

 

O pânico ocorre principalmente em pessoas de 14 a 45 anos e é mais frequente em mulheres do que homens, em uma proporção de 2 para 1. Produz grau elevado de incapacitação. 90% dos pacientes com pânico acreditam terem uma doença física na seguinte distribuição:

- 10% queixas gastrointestinais

- 15% desordens vestibulares, como vertigens e labirintoses

- 16% queixas cardiológicas

- 35% queixas de hiperventilação

- 30% queixas psíquicas.

 

O que fazer quando você percebe que está tendo um ataque de pânico?

É muito importante não tentar lutar contra o pânico, pois este não é um mecanismo consciente, ele é decorrente de mecanismos automáticos cerebrais localizados em regiões automáticas ou não conscientes. Faz parte de um complexo sistema de defesa do organismo. Mas a pessoa pode tomar algumas ações:

 

1. Recorrer a técnicas de relaxamento.

Meditação ou usar qualquer técnica de distração. Uma conversa suave, música suave, palavras que acalmem, massagem em regiões do corpo que produzem relaxamento.

 

2. Controlar da respiração.

O controle da respiração, principalmente, é muito importante: inspirar lentamente e expirar lentamente, sem pressa. Em seguida, é recomendado o relaxamento de grupos musculares mais tensos (ir relaxando a face, a nuca e pescoço, os ombros, os braços, o tórax e assim sucessivamente). Um terceiro passo seria acomodar-se em local agradável, bem ventilado com vista aberta e evitar locais fechados e abafados, afrouxar as roupas, sentir-se o mais confortável possível.

 

3. Evitar pensamentos ruins.

Os pensamentos no momento do ataque são muito importantes. A matriz do pânico é o medo, e um medo incontrolável. É difícil conter esses pensamentos, por isso escrevemos todas as medidas anteriores para evitar os piores pensamentos. Dentre os piores temos o medo de morrer, o medo de perder o controle, a certeza de que algo muito ruim realmente irá acontecer, a certeza de que realmente estou muito doente e ninguém descobre ou me leva a sério, pois as sensações são reais.

 

Os pensamentos que devem ser priorizados nesses momentos são aqueles que afastam você do medo: a certeza lógica que é somente um ataque de pânico do qual não se tem controle, mas que irá passar; a fé de que nada de mal acontecerá, a coragem para enfrentar situações adversas e tentar não ter medo do medo, e sim, aprender com o medo. O medo existe para lhe defender de algo e não para escravizar. O medo é aliado e não inimigo.

 

Essas são medidas imediatas e paliativas, até que a pessoa possa procurar um médico especialista de confiança, pois somente com o uso de medicamentos especializados pode-se tratar adequadamente uma síndrome de pânico.

 

O ASSIM SAÚDE se preocupa com seu equilíbrio físico e emocional.